O mercado está cada vez robotizado, isso é um fato. Os impactos da automatização e a representatividade cada vez maior da inteligência artificial já é tema de inúmeras pesquisas. Você, facilmente, encontrará artigos na internet que falam a respeito dos impactos da robotização na área do Marketing.
A velocidade com que as transformações tecnológicas acontecem força mudanças comportamentais relacionadas a competências necessárias para a sobrevivência em um mundo competitivo. Eu já mencionei, inclusive em outros posts, que pesquisas de Harvard estimam que 50% da força de trabalho, até 2025, será automatizada. O que isso significa? Quer dizer que muitos cargos e funções que conhecemos hoje simplesmente deixarão de existir.
Recentemente, a Deloitte tornou pública uma pesquisa que diz que 77% dos líderes de Marketing das empresas deixarão robôs desempenharem tarefas mais operacionais, ou “braçais”, para que possam focar em estratégia. Além disso, a pesquisa mostra que 40% desses profissionais usarão a inteligência artificial para reduzir a força de trabalho.
Diante disso, como parte de meus estudos de Doutorado, montei um sistema de castas que pode ser usado tanto por consultores quanto por profissionais que atuam em empresas. Basicamente funciona da seguinte maneira: na base da pirâmide laboral, você encontra os trabalhadores “braçais”, os que executam tarefas mais ferramentais e simples. Inclusive, essas áreas já passam pelo processo da robotização.
A casta acima desta está ligada àqueles que desempenham funções táticas. Esses profissionais também executam o trabalho “braçal”, mas já vinculado a algo estratégico. Um exemplo são os gestores de mídias sociais. O problema é que, como não há barreiras de entrada a novos profissionais dessa casta, existe um número enorme de pessoas disputando posições táticas no mercado. Uma consequência disso é a falta de valorização desse profissional, especialmente no sentido financeiro. Como há grande oferta, normalmente, paga-se pouco aos táticos.
Para fugir desse “mar de gente” é preciso que você se diferencie profissionalmente, é preciso que você pense estrategicamente, desenvolva análises críticas, reflita e se posicione como alguém que age de forma estratégica. Claro que você vai encontrar concorrência, mas ainda é difícil se deparar com profissionais qualificados, que façam a diferença, que tragam resultados.
Ao contrário do oceano vermelho (especificamente a casta tática), onde há disputa por todos e a todo lado, a casta estratégica ainda é um oceano azul, onde você, certamente, encontra severas barreiras para entrar e se manter, dada a exigência de qualificação profissional. Justamente por essa seletividade, é um mar de possibilidades e crescimento.
Por isso, o meu conselho é que você busque informações, leia a pesquisa da Deloitte e reflita sobre o quão importante é a capacitação, o investimento em você e em sua carreira – tanto em âmbito profissional quanto no acadêmico. Conseguir trabalhar com mais liberdade, cobrando mais e com menos competição, é um desejo que pode virar a sua realidade.
Gostou do tema? Espero que esse artigo tenha ajudado e te inspire a se qualificar e, consequentemente, se diferenciar. Caso queira compartilhar a sua opinião ou falar sobre outros assuntos, não hesite em entrar em contato comigo através dos meus perfis nas redes sociais (Linkedin, Facebook e Instagram), ou pelo meu formulário de contato no Blog. Estarei à disposição para lhe ouvir e ajudar!