Experiência da Marca – caso do Camarote Brahma (eu fui!)

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Há uns meses li em um livro (please, não me cobre qual livro – são 4 da matina, thanks) que branding é o processo de pegar um consumidor que desconhece uma marca (ou não se interessa / não liga) e transformá-lo em um advogado ou defensor (da marca, produto, serviço). Pois bem, acho que entendi melhor o que isso significa depois da experiência de hoje no Camarote Brahma.

Cheguei na “concentração” do camarote umas 22h. Antes mesmo de entrar em qualquer fila ou mesmo pegar credencial, já estava meio emburrado… Odeio carnaval, tava super cansado (trabalhei o dia todo!), tava semi-resfriado, não curto esses ambientes de artista/celebridade etc e, além de tudo, não sou lá nenhum fã de cerveja…

Aos poucos, esses sentimentos e impressões negativas foram mudando. Pra começar, a organização do credenciamento (foi noPorcão Rios – um restaurante super badalado do Rio) estava impecável. Honestamente? Acho que nunca vi um credenciamento de convidados/imprensa tão bem azeitado: a fila andou rápido, muita gente acessível pra orientar sobre os próximos passos, tudo com segurança, computadores, foto, crachá… só sei que em menos de 10 minutos (isso mesmo – 10m) eu tava de camisa da Brahma, pulseirinha VIP e entrando no ônibus que levava os convidados ao sambódromo (ah, de quebra, ainda ganhei um par de havaianas de brinde – pedi no. 36 e a minha gatinha foi quem se deu bem nessa).

Chegando lá na Sapucaí, mais sinais positivos: havia umas três pessoas recepcionando quem descia do ônibus. Olhei em volta e vi > um lounge com sofazinho e puff pra relaxar, um restaurante (exato, um restaurante com buffet e comida verdadeiramente boa), um bar (e aí rolava chopp, Brahma Black, snacks etc), um fumódromo (powered by Dunhill, da Souza Cruz) e zilhares de geladeirinhas carregadas de latinhas (de Pepsi, Guaraná, cerveja etc), além de água, Ice Tea e Gatorade. Tudo muito limpo e organizado.

Comecei a andar pela área fazendo uma espécie de reconhecimento. Aqui vale um parêntesis – pros solteiros, o local era o céu. Não só pela bebida infinita, mas pq certamente aquele era o lugar com mais pessoas lindas (homens, mulheres, altos, magras, coroas, modelos, jiu-jitsers… pra tudo quanto é gosto) do planeta depois da Mansão Playboy. Mas, pra mim, havia outro santuário- um localzinho com três laptops com internet megafast e quatro TVs de umas 40 polegadas passando de samba até Ultimate Fighting (essa área era powered by Net) #iamnerdyes.

Depois de pegar umas águas sentei ali e comecei a tuitar. Bem, não sou muito de ficar descrevendo eventos ou “cobrindo” atividades. Talvez só faça isso no #SouMaisWeb por motivos óbvios (aliás, o próximo evento é justamente sobre eBranding, de repente vale abordar o case lá). Fato é que postei quase 60 twitts em umas 4h. Achei até que poderia ter perdido seguidores por encher o saco falando só de camarote Brahma (com direito a umas tiradas de onda etc) mas, pelo contrário, ganhei 20 seguidores novos!

O bacana é que, relendo meus posts, dá pra perceber direitinho como a experiência que a marca proporcionou foi fazendoefeito. Meu primeiro twitt foi meio “legal, mas só tem gente estrela / celebrity wannabe”. Lá pelo quarto ou quinto post já tavaquerendo beber, mesmo sem gostar tanto de cerveja! E aí a coisa começou a fluir…

De fato, me chamou muito a atenção a estrutura, organização e serviços oferecidos. Isso, somado às pessoas (que de lindas e marrentas passaram a ser lindas, gente boa e interessantes rsrsrs) e às interações que travei pelo Twitter, foi tornando o momento bem prazeroso e divertido. Alguns colegas perguntaram sobre minhas skills no samba, outros ficaram com a boca seca por cerveja, alguns se mostraram sambistas viciados, e teve até seguidor que ficou de olho grande rsrsrs! E, claro, sempre tem aqueles que desafiam a morte em troca de diversão ilimitada…

Bem, em certo momento passei a tentar acompanhar o trabalho do pessoal do Twitter @camarote_n1. Eles (na verdade, elAs, eram umas três meninas eu acho) começaram meio tímidos, mas tb foram pegando no tranco e encheram a timeline com muita foto bacana, detalhes sobre os shows e acabaram conseguindo passar um pouco da emoção e do calor que rolava no camarote aos seguidores. Quando comentei que eles poderiam ter chamado blogueiros pra dar um enfoque diferente ao evento, eles logo trataram de dizer que haviam, sim, convidado alguns e até pediram dicas de quem poderia ser chamado no futuro (sugeri o Pedro Cardoso e o Roney, por exemplo). Achei bacana essa abordagem próxima e humilde de interagir com outros tuiteiros. Em uma ocasião, a @aquelaq cometou sobre uma foto tremida e eles responderam na boa (e com razão, eram 2000 pessoas, todo mundo pulando, brincando, não dava pra pegar ninguém/nada parado!).

Eu, claro, tratei de mexer meus pauzinhos (calma, pessoal, sem sacanagem…) e logo logo descobri uma das twitteiras. Fui seguindo a menina até os tais containers de imprensa e, não satisfeito em invadir o Press Room, ainda forcei a dita cuja a tirar uma fotinho comigo rsrsrs. Pela minha expressão de alegria acho q já dá pra dizer que o branding experience funcionou, né? 😉

O pessoal que cobriu o evento pelo perfil do Camarote Brahma tb tá de parabéns. Souberam postar conteúdo relevante pro público-alvo, interagiram muito (e muito bem) com quem falava com eles, ouviam críticas (talvez o mais importante e mais difícil nas redes sociais…), aceitavam sugestões e até atendiam a pedidos (isso vai acostumar mal o pessoal pro próximo carnaval hein… já tô até com listinha horripilante de pedidos aqui comigo!). Eu cheguei a procurar como as outras empresas/camarotes estavam agindo nas redes sociais. Honestamente, não consegui pescar nada de interessante (nada!), o que é uma pena, já que tá todo mundo aprendendo junto e postar uma coisinha ou outra, uma foto aqui e outra ali, é muito melhor do que nada (sem mencionar que é muito mais bacana e respeitoso com os clientes e tietes…). Me surprendeu ver que a Devassa, concorrente direta, não tinha nada próprio nas redes sociais (se tinha foi tão mal planejado q nem o Google pegou…).

Bem, quando o cansaço foi batendo, fiquei um pouco preocupado com a volta. Achei que ia ser aquele inferno… ledo engano. Rolava ônibus voltando pro Porcão Rios a cada 10 ou 15 minutos e, como se não bastasse, lá do Porcão até em casa os caras ainda pagaram taxi. Por alguns minutos cheguei a desejar ter mais momentos de celebrity na minha vida!!

Ah! Claro, já ia me esquecendo… do camarote dava pra ver as escolas de pertinho, mas tava tão bacana o ambiente off-sapucaí(shows, musica bacana, ar condicionado, bebida e comida à beça etc) que eu nem parei dois minutos pra ver a Mangueira e as outras entrando (sim, tinha que falar uma besteirinha dessa rsrs).

Enfim… excelente o trabalho de branding da Brahma. Realmente fez diferença. Até posso continuar preferindo vodka, mas sempre que a vontade de cerveja bater, é certo que eu vá optar por Brahma e, talvez, isso ainda me remeta aos momentos divertidos do camarote por uns bons anos…

Sei que sou chato pra caçamba, super crítico em relação a ações de marketing, aponto falhas quando existem, mas também salientocases positivos quando valhem a pena. E, neste caso, a Brahma tá de parabéns. O Camarote Número 1 foi nota DEZ e me converteu totalmente, fantástico! 😉

Pra finalizar, lembro que tava conversando com dois amigos em um almoço na semana passada sobre o investimento mega que essas empresas fazem no carnaval, com os camarotes etc. A conclusão do almoço foi que era loucura gastar tanto dinheiro com isso, que não dava retorno e tal. Bom, fiquei até 5 da madruga fazendo esse post e mais duas horas agora de manhã colocando links etc. Além disso, postei dezenas de coisas no Twitter (fora os diversos posts que troquei com followers!) e ainda tô aqui mega empolgado analisando a abordagem no Twitter, o marketing e o branding dos caras… e aí, você me diz – vale a pena ou não o investimento.

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