Todo mundo acha que sabe como fazer Análise SWOT!
A Matriz SWOT é certamente uma das ferramentas mais disseminadas e adotadas por profissionais de diversos setores. Seja na sua carreira como executivo, consultor, agência ou frila, provavelmente você já usou a SWOT em algum momento.
Justamente por ser tão conhecida e pela aparente facilidade de uso, é muito comum cometer erros em sua aplicação.
Neste post/vídeo compartilho alguns dos erros mais comuns, que você provavelmente está cometendo.
Qual o problema em errar na Análise SWOT?
A SWOT é uma sólida e útil ferramenta de apoio à tomada de decisões estratégicas, tanto em nível organizacional/corporativo quanto nos planos de desdobramento dos diferentes setores da empresa. Você também pode usar a SWOT para auxiliá-lo em projetos diversos.
Para o consultor ou profissional de agência, a SWOT é uma metodologia que frequentemente será adotada em suas atividades junto aos clientes.
Dentro do Planejamento Estratégico, a SWOT deverá ser aplicada ao final da etapa do Diagnóstico, consolidando as auditorias e ajudando o estrategista a refletir sobre os potenciais impactos dos fatores do micro e do macroambientes estudados (veja a mini-aula sobre Macroambiente, incluindo slides para download).
Sendo assim, se cometer erros na SWOT, a consequência será que você (sua empresa ou seu cliente) poderá escolher alternativas e cursos de ação equivocados, investir onde não deve ou ignorar algo que irá causar severos danos à organização.
Como fazer Análise SWOT e quais os principais Erros
Profissionais de diversos ramos de atuação, bem como acadêmicos, tendem a apontar os seguintes tópicos como sendo os erros mais comuns que podem surgir no uso da SWOT.
No vídeo complementar, oriento quanto ao que você deve fazer para evitar esses equívocos e entregar um trabalho rico e correto.
Equilíbrio e Racionalidade
Existe um caráter inevitável de subjetividade que irá, invariavelmente, enviesar o desenho da Matriz de acordo com a visão do estrategista e/ou do grupo de profissionais que estiver montando a SWOT.
Em minhas consultorias é muito comum e muito fácil perceber se há alguém satisfeito ou decepcionado com a organização, com o chefe ou com o departamento em que atua.
Um recém entrante na empresa, ou alguém que acabou de ser promovido, costuma estar feliz e cheio de expectativas positivas acerca do futuro. Essa pessoa tende a identificar mais oportunidades e forças na SWOT.
Por outro lado, se há alguém que, por qualquer razão, está desmotivado com o caminhar das coisas ou decepcionado com sua posição ou a da empresa, normalmente tenderá a observar muitas fraquezas e ameaças.
Recheie bem com os insights do Diagnóstico Estratégico
A tendência do ser humano é se dar por satisfeito à primeira resposta certa que encontra para um problema. Sim, a resposta pode estar correta, mas isso não significa que ela é a única resposta correta, ou mesmo a melhor resposta.
O que mais vejo são SWOTs que trazem dois ou três elementos para cada fator. Claramente é uma SWOT rasa, míope e preguiçosa.
Vincule as Oportunidades com as Forças
Os autores e praticantes mais fiéis à SWOT dizem que não pode haver uma oportunidade se a organização não tiver alguma força para aproveitá-la. Isso é bem correto e lógico.
Não existe uma oportunidade concreta – talvez, ironicamente, possa mesmo haver uma ameaça, caso você não tenha as forças necessárias para aproveitá-la. Talvez, diferentemente de você, seus competidores possam ter a capacidade de explorar a oportunidade e, com isso, irão atingi-lo em cheio.
Seja sólido na apresentação das informações
Um dos principais fatores que levam a falhas na SWOT é apresentar elementos que não são específicos o suficiente.
Infelizmente, mesmo em alguns bons livros, você vai ver, dentro da SWOT, exemplos de fatores dispostos meramente como “globalização” ou “internet” ou “nova classe média”. Ser tão abrangente ou superficial não irá trazer efeitos positivos para sua estratégia.
Seja coerente (coerência com o Diagnóstico Estratégico)
A SWOT não é momento para inventar nada. A Matriz SWOT é uma espécie de clímax de toda a parte inicial do Planejamento Estratégico, ou seja, o Diagnóstico Estratégico.
A Matriz não deve anteceder nenhuma análise ambiental e não deve requerer nenhuma informação nova, inédita, uma vez que tudo de que você precisa para chegar a uma SWOT robusta já foi (deveria ter sido!) identificado e analisado ao longo de seu Diagnóstico.
Evite (ao menos!) os erros mais comuns
É provável que você tenha aprendido a fazer planejamentos estratégicos iniciando os trabalhos com uma SWOT. Esqueça isso. É completamente irracional e despropositado.
Ao começar um processo de planejamento, você não possui nenhuma informação concreta, tangível – no máximo, a depender de seus conhecimentos e experiência, poderá ter bons feelings, ou seja, algumas noções e sensações do que pode ser importante para seu plano.
Entretanto, isso não é o suficiente.
No vídeo a seguir, seleciono dois dos erros mais comuns da SWOT, explico como evitá-los e qual o caminho correto a percorrer para assegurar o sucesso na concepção e entrega da SWOT.
Como última recomendação, sugiro que o estrategista revisite todas as análises do macro e do microambiente, e vá encaixando os achados em cada um dos quatro quadrantes da SWOT.
Se, por qualquer acaso, você chegar à SWOT e perceber que ainda há algo a ser listado e que não foi identificado previamente, tenha certeza que você falhou em algum momento nas análises ambientais. Retorne ao Diagnóstico e revise.
Pronto! Agora você já sabe como fazer Análise SWOT de forma correta! Sucesso em seus planejamentos 😉
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