É possível atuar como Agência e Consultoria ao mesmo tempo? Existe algum problema nesse formato? Há questões éticas envolvidas?
Com alguma frequência esbarro ou com consultores que vendem execução operacional, ou com agências oferecendo serviços de consultoria. Por exemplo, um consultor focado em e-commerce que também vende desenvolvimento de sites de comércio eletrônico.
Mas será que isso funciona? Ou ainda, será que esse formato de trabalho é o melhor para a empresa contratante?
Este post e o vídeo são uma resposta feita pela hashtag #NinoResponde, lá no meu canal do Youtube. Quem perguntou foi um ex-aluno, Alan Domingues, fundador da Ads Concept, uma agência focada em performance.
Papéis e Responsabilidades
É importante que você saiba muito claramente o quais os papéis e responsabilidades de um Consultor e de uma Agência.
O consultor é um agente externo à organização e provê conselhos e orientações ao seu cliente (nas áreas estratégica, de gestão, tática e operacional). A agência fornece serviços de execução (faz sites, campanhas, gerencia perfis em redes sociais etc).
O consultor atua no âmbito estratégico, provendo guias para tomada de decisão da liderança da empresa, enquanto que a agência irá colocar em prática os planos e estratégias do cliente. Muitas agências atuam no planejamento, mas seu foco é o planejamento tático (como planejar utilização de verba de mídia ou como sair de uma crise de reputação).
Falo sobre as Principais Competências do Consultor nesse vídeo.
Não há aqui nada que pretenda inferir que A é melhor que B. Os papéis e responsabilidades, entretanto, certamente são distintos.
E o principal motivo dessa distinção está menos no âmbito técnico das soluções entregues. Como irá ver no vídeo, a razão principal reside em questões da própria natureza ou propósito de cada função e o fato de que pode ser bombástico misturá-las.
O veredito – posso ser Agência e Consultoria ao mesmo tempo?
O que deve ser relevado, em primeiro lugar, é que existe um dilema intrínseco na questão: se você é quem sugere a solução a ser adotada, há claro conflito se for você também o provedor da solução.
Ora, imagine – “te oriento a utilizar o software X para controlar seu estoque“. E depois: “eu vendo o software X“. Isso é impensável!
Assista ao vídeo e veja como eu trato a questão, particularmente no que tange a esse potencial conflito de interesses entre as funções de uma consultoria e de uma agência:
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