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• Por que não é possível mudar a natureza e o perfil das equipes da organização
• Por que ser flexível é tão importante para o seu sucesso como Consultor
• Como se adaptar aos diferentes ambientes organizacionais

No entanto, por se tratar de uma atividade que exige que você lide regularmente com pessoas, você precisará ter jogo de cintura para navegar bem e conseguir entregar os serviços que vendeu.

Entenda que é uma tarefa impossível (e certamente não será seu papel) pensar que o Consultor pode mudar certas características estruturais de seu cliente. Pelo contrário, o que você precisa fazer é compreender como a organização funciona e buscar se adaptar à situação em questão.

O que isso significa na prática?

Atuar com flexibilidade significa que você, como Consultor, deverá rapidamente ser capaz de se adaptar à cultura organizacional, à forma de se trabalhar, ao jeito como os processos e as reuniões são conduzidos, ao vocabulário utilizado pelos funcionários, e até mesmo aprimorar suas entregas – como relatórios, apresentações, propostas – à forma como é aceito comumente na empresa.

O Consultor não deve, por exemplo, forçar suas metodologias e soluções de forma dura. É preciso ter a sensibilidade de adaptar a sua maneira de trabalhar a do cliente.

Por exemplo, se está acostumado a fazer longos relatórios com muitos textos e estiver trabalhando com uma empresa liderada por profissionais jovens e muito analíticos, talvez seja mais sensato apresentar suas entregas de maneira sucinta, com gráficos e números, deixando poucos textos apenas para contextualizar e derivar alguns insights.

Se seu cliente for um grupo de diretores de uma grande marca, mais maduros e menos acostumados com o digital, você precisará ser didático, paciente e nivelar o conhecimento técnico por baixo.

Essa tarefa não é nada fácil

Nesse momento, por exemplo, estou trabalhando com quatro corporações diferentes, que possuem, de forma ampla, as seguintes características:

• Empresa privada, de grande porte, business-to-business (B2B), de gestão familiar, em momento de introduzir o digital na organização. Em longo prazo pretende adotar o ecommerce para expandir seus mercados.
• Marca focada no segmento premium. Também familiar, mas tendo à frente um executivo jovem, da segunda geração, com ampla experiência no mercado e tendo recém assumido a empresa da família. Migrando de atuação B2B para foco no consumidor (B2C). Visa usar o digital para conquistar mercados na Europa.
• Organização pública atuando em monopólio, com foco nacional. Gestores em boa parte inovadores, mas engessados nos processos tradicionais de marcas governamentais. Área de Comunicação muito voltada para relacionamento com a imprensa tradicional e espera que o digital ajude a iniciar vínculos diretos com o cidadão.
• Outra marca privada, norte-americana, de amplitude global, altamente avançada em marketing e em digital, mas iniciando as atividades na América do Sul. Foco direto no consumidor final e com toda a equipe estrangeira, de primeira linha e multidisciplinar.

Bem, agora perceba como soa insensato imaginar que, como Consultor, eu conseguiria trabalhar da mesma forma, com o mesmo discurso e a mesma abordagem junto a cada um dos quatro clientes. Jamais!

Ainda que, em todos os casos, eu trabalhe com a metodologia PEMD – Planejamento Estratégico de Marketing na Era Digital, o escopo que será trabalhado (as etapas, o grau de profundidade de cada fase, a relevância percebida nos diferentes momentos do PEMD, entre tantos outros fatores) e a maneira com que me relaciono com cada uma das organizações é completamente distinta. Mesmo o ponto focal no cliente é diferente, em alguns casos lidando diretamente com os sócios e, em outros, com o CEO ou Diretor de Marketing / Chief Marketing Officer (CMO).

Prepare-se para um enorme desafio

O fato de haver tantas diferenças entre as organizações – às vezes mais sutis, em outras, bem gritantes – demanda que você realmente invista esforços (tempo, estudos, conversas) em compreender as características específicas de seu cliente e em rapidamente conseguir estar apto para trabalhar como se você fosse mais um ramo orgânico da empresa, de forma natural e leve.

Portanto, é correto afirmar que uma das principais competências que você deve desenvolver para assegurar um trabalho de excelência como Consultor é a FLEXIBILIDADE.

É justamente a sua capacidade de se flexibilizar que o permitirá uma adequação indolor, rápida e pouco custosa à empresa (tanto a do cliente, quanto a sua!), de forma que o seu dia a dia junto ao cliente, bem como as suas entregas, estarão cada vez mais afinados com as expectativas e necessidades da organização.

No vídeo que gravei sobre Flexibilidade, comento sobre o que você pode fazer para ser bem-sucedido nessa empreitada e conseguir prestar bons serviços para diferentes clientes, ainda que sejam eventualmente empresas tão diferentes como as quatro que mencionei acima…

ASSISTA aqui ao vídeo sobre “Flexibilidade: Competência Essencial para o Consultor”.